Resenha: A missão - 1986

Irmão Gabriel é um padre jesuíta designado à Missão de São Carlos logo depois da morte de um padre. No meio dos índios guaranis, desarmado, ele é aceito por aquele povo por conta da música que tira do seu oboé, e é levado até onde estes residem. Lá ele reinicia o trabalho de evangelização dos índios. 

Rodrigo Mendonza é um mercador de escravos que tem sua vida mudada completamente após cometer um crime passional: tira a vida do próprio irmão, Felipe Mendonza, por conta de uma mulher, Carlotta. Como se tratou de um duelo, ele permanece em liberdade. Todavia, movido pelo sentimento de auto-punição, exila-se por conta própria em um mosteiro. Entretanto, ele aceita o convite do irmão Gabriel para retornar com ele à Missão de São Carlos – ou seja, a estar do lado daqueles “seres” que antes caçava. Com o passar do tempo, o convívio com os índios vai transformando Mendonza, a ponto de ele se tornar um jesuíta. 

Os jesuítas são convocados a defender sua permanência numa corte, que seria analisada por Altamirano, funcionário da Coroa portuguesa. O território ocupado pelas missões está em vias de passar a pertencer aos espanhóis: que podem escravizar os índios, ao contrário dos portugueses. 

Antes de dar seu parecer final, Altamirano decide visitar as missões para conhecer o trabalho dos jesuítas na América do Sul. Ele visita várias missões e, em meio a uma indecisão, irmão Gabriel o convida a conhecer a Missão de São Carlos. 

Todavia, o destino das missões já estava traçado antes da corte ser iniciada: os jesuítas deveriam retirar-se do território ou serem massacrados por um exército. Todas as tentativas de persuadir os índios de se retirarem das missões são malogradas, e na missão de São Carlos, Mendonza abdica de seu voto de obediência jesuítica para liderar uma resistência. Irmão Gabriel se opõe, e decide ficar na missão sem lutar. 

No final, todos são dizimados: tanto o valente Mendonza – que recebe o primeiro tiro tentando salvar a vida de algumas crianças –, quanto o pacato irmão Gabriel – que é morto com o corpo de Cristo em suas mãos. E assim se faz a vontade dos homens, que se julgam seres os porta-vozes da vontade de
Deus. 




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