11/09: Personagens importantes na história da abolição



No dia 11/09 nós discutimos sobre alguns personagens muito importantes na história da abolição da escravidão. Nos foi passado no quadro as seguintes anotações:


1- Inculturação: A cultura e a cidadania negra em construção.
1.1- A lei 10.639 março/ 2003
a) A história da África e a participação dos negros na construção da cultura brasileira.
b) Ações políticas afirmativas em relação aos direitos dos cidadões negros e indígenas na sociedade brasileira.
2- Luta por direitos e por igualdade: Por uma sociedade mais justa e sem preconceitos.
2.1- Os precursores na luta contra o racismo e o preconceito.
a) José do Patrocínio (1853-1905) - jornalista.
b) Machado de Assis (1838-1908) - escritor e jornalista.
c) Carlos Gomes (1858-1896) - músico, compositor e maestro.
d) Crispim Amaral (1858-1911) - pintor, desenhista.
e) Cruz e Sousa (1861-1898) - poeta.


Depois nos foi passada a tarefa de casa de pesquisar sobre a vida de cada uma dessas pessoas. A pesquisa segue abaixo:

José do Patrocínio: 
José Carlos do Patrocínio foi um farmacêutico, jornalista, escritor, orador e    ativista político brasileiro. Destacou-se como uma das figuras mais importantes dos movimentos Abolicionista e Republicano no país. Foi também idealizador da Guarda Negra, que era formado por negros e ex-escravos para defender a monarquia e o regime imperial.

Machado de Assis: Joaquim Maria Machado de Assis foi um escritor brasileiro, amplamente considerado como o maior nome da literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Testemunhou a     mudança política no país quando a República substituiu o Império e foi um grandecomentador e relator dos eventos político-sociais de sua época. Criticou bastante a República, pois era Monarquista incondicional, inclusive amigo do Imperador Pedro II. Há vários textos de sua autoria que denunciam seu amor à extinta Monarquia.

Carlos Gomes: Antônio Carlos Gomes foi o mais importante compositor de ópera brasileiro. Destacou-se pelo estilo romântico, com o qual obteve carreira de destaque na Europa. Foi o primeiro compositor brasileiro a ter suas obras apresentadas no Teatro alla Scala. É o autor da ópera O Guarani.

Carlos Gomes nasceu em Campinas e ficou conhecido por Nhô Tonico, nome com que assinava, até, suas dedicatórias. Nasceu numa segunda-feira numa humilde casa da Rua da Matriz Nova, na "cidade das andorinhas". Foram seus pais Manuel José Gomes (Maneco Músico) e dona Fabiana Jaguari Gomes. 

A vida de Antônio Carlos Gomes foi, sempre, marcada pela dor. Muito criança ainda, perdeu a mãe, tragicamente, assassinada aos vinte e oito anos. Seu pai vivia em dificuldades, com diversos filhos para sustentar. Com eles, formou uma banda musical, onde Carlos Gomes iniciou seus passos artísticos. Desde cedo, revelou seus pendores musicais, incentivado pelo pai e depois por seu irmão, José Pedro de Sant'Ana Gomes, fiel companheiro das horas amargas.

Aos quinze anos de idade, compõe valsas, quadrilhas e polcas. Aos dezoito anos, em 1854, compõe a primeira Missa, Missa de São Sebastião, dedicada ao pai e repleta de misticismo. Na execução cantou alguns solos. A emoção que lhe embargava a voz comoveu a todos os presentes, especialmente ao irmão mais velho, que lhe previa os triunfos. Em 1857, compõe a modinha Suspiro d'Alma com versos do poeta romântico português Almeida Garrett.

Ao completar 23 anos, já apresentara vários concertos, com o pai. Moço ainda, lecionava piano e canto, dedicando-se, sempre, com afinco, ao estudo das óperas, demonstrando preferência por Giuseppe Verdi. Era conhecido também em São Paulo, onde realizava, freqüentemente, concertos, e onde compôs o Hino Acadêmico, ainda hoje cantado pela mocidade da Faculdade de Direito. Aqui, recebeu os mais amplos estímulos e todos, sem discrepância, apontavam-lhe o rumo da Corte, em cujo conservatório poderia aperfeiçoar-se. Todavia, Carlos Gomes não podia viajar porque não tinha recursos.

Crispim do Amaral: Crispim do Amaral. Desenhista, caricaturista, ilustrador, aquarelista, pintor, decorador e cenógrafo. Estuda desenho e pintura em Recife, especializando-se em cenografia. Aos 18 anos sai de Pernambuco para trabalhar na decoração de grandes teatros em Belém do Pará e Manaus. Por volta de 1976, muda-se para Paris onde colabora, como caricaturista, no jornal Le Rire, tornando-se conhecido por conta de uma charge chamada Dum-Dum!, feita como crítica à guerra anglo-bôer. Tal caricatura lhe resultou um processo da justiça francesa e uma reclamação do embaixador inglês, culminando numa condenação de três anos de prisão. Para não cumpri-la, retorna ao Brasil e fixa residência no Rio de Janeiro, onde dedica-se novamente à cenografia e à pintura decorativa, executando os cenários da ópera Moema, apresentada na inauguração do Teatro Municipal, em 1909, além de operetas e revistas montadas no Cinematógrafo Rio Branco. Como caricaturista, colabora na fundação e direção artística de diversas publicações até fundar seu próprio periódico, em 1905, chamado O Pau.

Cruz e Souza: Filho dos negros alforriados Guilherme da Cruz, mestre-pedreiro, e Carolina Eva da Conceição, João da Cruz desde pequeno recebeu a tutela e uma educação refinada de seu ex-senhor, o Marechal Guilherme Xavier de Sousa - de quem adotou o nome de família, Sousa. A esposa de Guilherme Xavier de Sousa, Dona Clarinda Fagundes Xavier de Sousa, não tinha filhos, e passou a proteger e cuidar da educação de João. Aprendeu francês, latim e grego, além de ter sido discípulo do alemão Fritz Müller, com quem aprendeu Matemática e Ciências Naturais.

Em 1881, dirigiu o jornal Tribuna Popular, no qual combateu a escravidão e o preconceito racial. Em 1883, foi recusado como promotor de Laguna por ser negro. Em 1885 lançou o primeiro livro, Tropos e Fantasias em parceria com Virgílio Várzea. Cinco anos depois foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como arquivista na Estrada de Ferro Central do Brasil, colaborando também com o jornal Folha Popular. Em fevereiro de 1893, publica Missal (prosa poética baudelairiana) e em agosto, Broquéis (poesia), dando início ao Simbolismo no Brasil que se estende até 1922. Em novembro desse mesmo ano casou-se com Gavita Gonçalves, também negra, com quem teve quatro filhos, todos mortos prematuramente por tuberculose, levando-a à loucura.


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